Monday, November 3, 2008

sugestões:


FELIZ ANIVERSÁRIO
De Harold Pinter

Meg e o seu marido, Petey, arrendam quartos a visitantes temporários numa pequena estância balnear do litoral inglês. Stanley é, de momento, o único hóspede. Um hóspede com mau feitio, má higiene pessoal e um currículo não muito bem sucedido como pianista de bar. Ainda assim, Meg nutre por ele um afecto muito especial. Com a chegada anunciada de dois novos hóspedes — Goldberg e McCann —Stanley torna-se estranhamente inquieto. Meg decide então aproveitar a estadia dos novos hóspedes para oferecer a Stanley uma festa pelo seu suposto aniversário. Convidada fica também Lulu, uma jovem vizinha. Sucede que a visita de Goldberg e McCann não é inocente, e Stanley, aparentemente, também não o é. A simpática festa de Meg transforma-se assim num feroz jogo-do-gato-e-do-rato, onde qual o crime e qual o castigo permanecem por esclarecer; só o exercício da violência é claro.

Tradução: Artur Ramos e Jaime Salazar Sampaio (1967); Elenco: (por ordem de entrada em cena) António Pedrosa, Eugénia Bettencourt, Paulo Diegues, Alexandra Sargento, António Rodrigues, João D’Ávila.; Encenação, espaço cénico e iluminação: Karas; Figurinos: Tânia Franco; Operação de luz e som: Cristina Gonçalves; Fotografia de Cena: António Coelho; Grafismo: People Connection; Produção Executiva: Karas e António Rodrigues; Produção: Ninho de Víboras – Associação Cultural; Produção financiada por: Karas e subsidiada pela Câmara Municipal de Almada Apoios Associação Bacalhoeiro, Espaço EVOÉ, Teatro d’A Comuna, Vítor Hugo e Governo Civil de Setúbal


No Extremo
24 de OUTUBRO a 9 de NOVEMBRO
6ª, SÁBADO e DOMINGO
21H30

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ENCONTROS E DESENCONTROS NO CAMPO COM O TIO VÂNIA
a partir de Anton Tchéckov


Teatro da Trindade. Sala Estúdio | 29 de Outubro a 16 de Novembro | 4ª a Sáb. às 22h, Dom. 17h | Ficha artística | Tradução: Jorge Silva Melo | Encenação: Maria João Miguel | Música original: Diogo Branco | Cenografia: Carmo Medeiros | Figurinos: Ana Limpinho | Desenho de Luz: Alexandre Costa | Interpretação: Ana Rosa Mendes, Bernardo Zabalaga, Elmano Sanches, Inês Pereira, Sara Aguiar, Tiago Cadete | Ambientes sonoros: Susana Oliveira e Diogo Branco | Produção: Propositário Azul

Sunday, June 8, 2008


aydin teker
harS
centro cultural de belém - sala de ensaio | duração 50 min |
bilhetes 10 € / 7,5 €
quinta _ 5 junho 19h | sexta _ 6 junho 19h | sábado _ 7 junho 19h
co-produção alkantara

Uma das presenças mais surpreendentes do último alkantara festival foi sem dúvida a peça aKabi da coreógrafa Turca Aydin Teker. Os bailarinos apareciam em palco, calçando sapatos pesados, de alturas diferentes, transformando os seus corpos em formas híbridas. “Quando faço uma coreografia, começo sempre por criar um problema”, diz Aydin Teker. “A seguir passo o tempo a tentar resolvê-lo.”
harS é um dueto entre uma bailarina e uma harpa. Na sua atitude habitual de investigadora, Aydin Teker ignora todas as regras de manuseamento do instrumento e as suas fortes conotações históricas e musicais. Olha para a harpa como um objecto. Durante 50 minutos, a bailarina Ayşe Orhon interage com este corpo inanimado, num exercício de grande rigor e densidade. Executado no limite do equilíbrio, harS é uma fonte inesgotável de imagens poéticas e uma peça de rara beleza escultural. A peça não segue trâmites narrativos; o significado surge no olhar do espectador.

direcção e coreografia aydin teker | coreografia e interpretação ayşe orhon | assessoria musical evrim demirel | figurino ayşegül alev | desenho de luz thomas walgrave | produção bimeras | idans | co-produção alkantara (lisbon), biennale bonn (bonn), baltoscandal festival (rakvere), rotterdamse schouwburg (rotterdam), kunstenfestivaldesarts (brussels), festival culturescapes (basel) | projecto co-produzido por next step com o apoio do programa “cultura” da união europeia | apoio apresentação em lisboa 1001 actions for dialogue anna lindh foundation

Monday, January 21, 2008

Thursday, January 17, 2008




“Olho as imagens criadas por Francesca Woodman, imagens que ela habita com uma presença inquietante. Fragmentos surrealistas.
Imprimem-se em mim.
Na minha cabeça um tornado de imagens, o meu corpo cheio de movimentos perdidos.
Pensamentos livres.
Palavras a serpentearem no ar. Palavras que se projectam no papel em voo planado.
De quantas maneiras podemos descascar uma laranja?
Quantos grãos de areia têm o nosso planeta?
Os meus olhos sentem-se de areia. São de areia. Desfazem-se com o vento. Dissolvem-se, transformam-se, transformam-me, modificam o que vejo e o que não vejo torna-se visível. Sinto-me cansada ultimamente... de areia, sem ossos.”


Cláudia Nóvoa, Setembro 2007








“...I have sand in my scalp, sleepy sand in eyes, sandpaper tongue, sand thoughts all from the sea. That is where I was instead of anything else all Weekend...”


Francesca Woodman, 1973